INDEPENDÊNCIA DAS TREZE COLÔNIAS NORTE AMERICANAS - RESUMO E VÍDEO AULA

A independência dos Estados Unidos da América

1. Apresentação:
A primeira coisa a se refletir sobre esse assunto é a forma como ele geralmente é exposto. Chama-se geralmente esse tema de Revolução americana, há aí um erro. Não se trata de uma revolução, pois este termo pressupõe que haja uma mudança profunda na estrutura social existente com modificações na economia, na política e cultura, o que não ocorre. O que há é a independência de uma região da América que se tinha tentado estabelecer um pacto colonial tardiamente. O novo país cria uma forma relativamente nova de poder, baseada nos ideais iluministas. Tratava-se, porém, de uma democracia fortemente reduzida, com o predomínio dos grandes fazendeiros e sem o voto feminino e o voto dos escravos. Estes últimos continuaram a existir após a independência.

2. A situação da Inglaterra e das colônias inglesas na América:
. A colonização inglesa na América: A Inglaterra só se estabelece no século XVII na América, depois das outras potências européias. São fundadas treze colônias na América do Norte, a colônia da Jamaica e outras de menor importância. A Jamaica e a região Sul das treze colônias são colonizados nos moldes do colonialismo moderno. O Norte das treze colônias ficou como um espaço livre para perseguidos religiosos e políticos ingleses e europeus. Há terra livre para esses colonos e não há interferência da Coroa britânica na região.
. As treze colônias nos séculos XVII e XVIII: Enquanto o Sul do território era colonizado nos moldes do colonialismo, com grandes plantations escravistas que produziam tabaco, arroz e açúcar para a exportação, o Norte recebia grande leva de perseguidos europeus. Essa região ia desenvolver uma forte ordem de pequenas propriedades policultoras com trabalho livre e com certa urbanização e comércio. No início do século XVIII não havia mais terras para os imigrantes.
. A ruptura do não-pacto: Não havia uma fiscalização muito rígida em relação à colônia por parte da metrópole e os impostos também eram poucos e baixos. No entanto, após a Guerra dos Sete anos (1756-1763) entre a Inglaterra e a França, a Coroa britânica, fortemente endividada, passa a arrochar a situação da colônia. Ela estabelece um aparato fiscalista digno do colonialismo no Norte e no Sul. Essa ruptura de um não-pacto colonial cria revolta em toda a colônia. Eram as leis coercitivas como a lei do selo que previa o uso de selo real em todos os documentos que transitavam na colônia, a lei do açúcar que taxava o comércio de açúcar das treze colônias com colônias não-britânicas, leis que impediam o contrabando e a interdição do avanço das pequenas propriedades do Norte da colônia para áreas mais adentro do território ou para o Canadá.

3. A independência e a organização do novo Estado:
. A organização da resistência: Desde as primeiras décadas da colonização, as questões públicas dos cidadãos – apenas os homens livres – da colônia eram decididas em assembléias, isso é um ponto importantíssimo para a escolha posterior do regime republicano. A partir da década de 1760, organizam-se os Congressos continentais, reuniões com representantes de cada uma das treze colônias. Com a consecução das diversas leis coercitivas, a situação se radicaliza e os colonos decidem pela ruptura. Em 1776 é declarada a independência dos Estados Unidos da América, o que dá início à guerra de independência.
. A guerra: A Inglaterra envia tropas às treze colônias, mas os colonos contavam com a ajuda de uma coalizão que reunia França, Espanha, Rússia, Holanda, Dinamarca e Suécia. As tropas rebeldes, então, vencem as tropas leais. É assinado o tratado de Paris em 1783, onde a Grã-Bretanha admite a independência dos EUA.
. A formação do novo governo: A independência não faz esconder os conflitos de idéias que existiam entre sulistas e nortistas. Os nortistas desejavam um governo mais centralizado e os sulistas uma confederação, como nos tempos da guerra. Forma-se um pacto, cria-se uma federação presidencialista, onde cada Estado tem a sua Constituição própria tendo que respeitar uma Constituição da União – criada em 1787 – com um líder máximo da nação, o presidente da República. A organização do poder se baseia nas idéias de Montesquieu. A escravidão é mantida. No entanto, logo adiante o conflito entre Norte e Sul se tornará intolerável e será decidido em uma guerra civil (1861-5) onde dois modelos de país estarão em disputa.

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