REFORMA PROTESTANTE - RESUMO - VÍDEO AULA
Reformas religiosas
1. Introdução:
. Conceituação e contextualização: As reformas religiosas ocorreram no século XVI na Europa e têm certa diversidade. Trata-se de um grande movimento, múltiplo, de contestação da velha religião católica em sua forma medieval. Este movimento adequou a religião aos novos tempos, à nova sociedade que emergia nos tempos modernos com a marcada presença da burguesia. O velho catolicismo feudal, do dízimo obrigatório, das missas em latim, da condenação da usura e do grande lucro não davam mais conta dos interesses e modo de vida dessa classe ascendente, a burguesia, e de toda nova vida material existente na Europa Ocidental.
. Críticas à Igreja: A primeira reforma e a detonante de todas as outras, a reforma luterana, parte de uma crítica interna na Igreja. As críticas de Martim Lutero se dirigiam à corrupção do clero, ao enriquecimento da Igreja, à venda de indulgências – uma forma de perdão religioso – e de outros artigos religiosos diversos, inclusive terrenos no céu. Criticava-se também a condenação feita pela Igreja aos juros, ao lucro e a outras práticas dos comerciantes e burgueses em geral.
. O Luteranismo: Lutero, um monge alemão da Igreja, faz essa série de críticas a esta em 1517, tornando- se logo um inimigo dela até ser excomungado. Ele defendia que a Bíblia fosse traduzida nas línguas nacionais e não fosse só em latim como era até então, defendia a salvação pela fé e condenava o excesso dos ritos católicos. Consegue uma legião de seguidores na Alemanha, dentre camponeses, comerciantes e príncipes. Os camponeses alemães interpretam os ensinamentos luteranos como palavras de libertação contra a opressão senhorial e fazem uma revolta. São massacrados pelos príncipes alemães com o apoio de Lutero.
. Calvinismo: Calvino é um suíço seguidor de Lutero, ele reformula as palavras deste, dando origem a outra seita protestante – em seguida, surgirão várias destas. Cria a teoria da predestinação, onde o homem já nasce com um destino certo após a morte escolhido por Deus, é certo já se ele irá para o inferno ou o paraíso.
. Expansão e guerras: O protestantismo rapidamente se expandiu a partir da Alemanha e da Suíça, passando a ser a religião dominante do Norte da Europa. Essa expansão levou a várias guerras entre católicos e protestantes entre os países europeus e também dentro desses países.
. Uma religião nacional: O rei da Inglaterra nunca teve muito poder em seu país devido à força da nobreza representada no parlamento, existente desde a Idade Média. Henrique VIII, rei inglês, resolve nacionalizar em nome da Coroa todas as propriedades da Igreja católica no país, sendo apoiado pelo Parlamento. Vários sacerdotes católicos foram mortos e a Igreja Católica passa a ser Igreja Anglicana em
1534, onde o rei era o chefe supremo da mesma. A Coroa fica com as enormes propriedades rurais católicas em seu país, vendendo e alugando essas terras. Isso leva a um grande incremento do poder real no país.
. Planejamento do contra-ataque: A Igreja Católica não ficou parada ao ver seu poder sendo atacado. Convocou o Concílio de Trento (1545-1563) que reformulou a Igreja Católica, preparando o contra-ataque ao protestantismo. Várias são as mudanças e medidas desse Concílio.
. Fatores da Contra-Reforma: A própria Igreja Católica se reformou, adequando-se aos novos tempos e à nova sociedade européia. Muitas das críticas luteranas feitas à Igreja foram admitidas pela hierarquia católica e decisões foram tomadas a respeito. Criticava-se que muitos padres não estavam preparados para exercer a
função e só viravam padres as pessoas com maior projeção social. Foram criados então os seminários, onde os padres iriam ser preparados para exercer a função. Foi instalado nos países majoritariamente católicos – Portugal, Espanha, Itália, França e outros – o Tribunal do Santo Ofício, a Inquisição, que perseguia os hereges, os judeus, protestantes e outros, condenando-os a punições diversas. Foi criado o Índice, lista de livros proibidos que deveriam ser queimados nos países católicos. Foi criada a Ordem dos Jesuítas que tinha o objetivo de propagar a fé católica pelo mundo. Estes foram muito importantes na América portuguesa e espanhola, sendo donos de fazendas, usavam largamente o trabalho compulsório indígena em missões e fazendas e tinham a função de educar os filhos da elite colonial. A dureza das decisões do Concílio levou judeus estabelecidos em Portugal e Espanha a fugirem para países com religião livre como os Países Baixos ou a virar cristãos novos nesses países.
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